terça-feira, 14 de agosto de 2007

Gaivotas;


Vou te amar mirando os oceanos

ultrapassar os horizontes vadios,

rolar no pedaço do chão, e o rio

murmurar para o mundo que não estamos.


Nos escondermos na nudez do outono

ou vivermos no sono do cansaço alerta,

cobrir-te de proteção, deixando a porta aberta

sabendo que sou seu, mesmo sem ser dono.


E morrermos como peixes por engano

nos anzóis de traições que são os sonhos

de querer o que não existe, mas desafia:


lutar nas águas tristes desses confins

saber que o último não esta em mim

mas ser o seu primeiro de todos os dias.

2 comentários:

Marcel disse...

"De teu corpo
vou cuidar e amá-lo
como um soldado, decepado de guerra,
inútil, de ninguém,
cuida de sua única perna"


-- Maiakovski


te amo.

Juliana Rabatone disse...

Nossa, muito bonito esse seu poema, me tirou o fôlego.