
Vou te amar mirando os oceanos
ultrapassar os horizontes vadios,
rolar no pedaço do chão, e o rio
murmurar para o mundo que não estamos.
Nos escondermos na nudez do outono
ou vivermos no sono do cansaço alerta,
cobrir-te de proteção, deixando a porta aberta
sabendo que sou seu, mesmo sem ser dono.
E morrermos como peixes por engano
nos anzóis de traições que são os sonhos
de querer o que não existe, mas desafia:
lutar nas águas tristes desses confins
saber que o último não esta em mim
mas ser o seu primeiro de todos os dias.
2 comentários:
"De teu corpo
vou cuidar e amá-lo
como um soldado, decepado de guerra,
inútil, de ninguém,
cuida de sua única perna"
-- Maiakovski
te amo.
Nossa, muito bonito esse seu poema, me tirou o fôlego.
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